Saiba escolher a panela certa na hora de cozinhar
Gabriel Miranda - Redação Saúde Plena
A Vigilância Sanitária Estadual de Minas, baseada em uma resolução (RDC 20 - 22 de março de 2007) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu o uso de utensílios de cobre na produção alimentícia. Segundo a entidade, a absorção excessiva do metal provoca desordens neurológicas e psiquiátricas, danos ao fígado, aos rins, sistema nervoso e ossos, além de perda de glóbulos vermelhos.
A produção de doces em tachos de cobre é uma tradição em Minas. Há no Estado, além de indústrias, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, pessoas que fabricam doces de frutas artesanalmente e seguem tradições seculares. São costumes familiares que deverão se adequar devido a uma restrição aos utensílios de cobre. É importante ressaltar que a resolução da Anvisa não proíbe o uso dos tachos de cobre, desde que revestidos por banho de ouro, prata, níquel ou estanho. Aprenda como escolher a panela certa sem prejudicar a saúde
Antiaderente (Usar em fogo baixo)
Esta panela é revestida de um plástico denominado politetrafluoretileno, alvo de polêmicas desde o início de sua utilização na cozinha, na década de 1960. Isso porque, segundo alguns estudiosos, esse material poderia causar sérios danos ao organismo. O debate esquentou ainda mais em 2005, quando um relatório da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos revelou que o tal plástico estaria relacionado à ocorrência de tumores no fígado de animais. Mas os nutricionistas tranqüilizam: isso nunca foi verificado em seres humanos
De qualquer forma, é preciso tomar alguns cuidados para não danificar essa película protetora. O cozimento deve ser sempre feito em fogo baixo. Se exposto por muito tempo a altas temperaturas, o antiaderente pode se decompor. E também aposente a esponja de aço, e nem ouse tirar a sujeira da panela com talheres de metal – detergente e esponja macia são suficientes para a limpeza. Como a comida não gruda na panela antiaderente, é muito fácil limpá-la.
Inox (Cozimento rápido)
Ideal para o uso diário, já que é indicada para o preparo de qualquer alimento, em qualquer tipo de fogão. Se possível, apenas evite utilizá-la para preparar pratos muito salgados, como o bacalhau. O inox não é amigo do sal e, em algumas situações, pode sofrer deterioração.
A principal vantagem é distribuir o calor de maneira uniforme, garantindo um cozimento mais rápido dos alimentos. Além disso, não solta resíduos, o que permite que sobras possam ser guardadas na panela sem que haja contaminação. Na hora de lavar, use detergente e esponja macia ou produtos específicos para o inox, que dão brilho e removem manchas.
Vidro (Sopas e molhos)
A panela de vidro é uma das mais resistentes e duráveis. Seria uma boa alternativa para frituras por imersão, que, no entanto, devem ser evitadas em prol da saúde. Mas a questão é: como não conduz tão bem o calor, pode queimar a comida num zás-trás. É melhor se valer dela para preparar sopas e molhos. Só fique esperto na hora de manuseá-la para evitar que caia no chão e se espatife.
Barro (Peixes e frutos do mar)
Absorve o aroma do alimento ao longo do preparo, sendo, portanto, perfeita para peixes e frutos do mar. A panela de barro também pode ser usada para ensopados de cozimento lento. Se a peça for muito velha, convém substituí-la. Não poupe cuidados na hora da limpeza e conserve-a sempre bem seca. Cheio de pequenos poros, este utensílio retém sujeiras facilmente e pode virar um ninho de bactérias. Daí, qualquer receita gostosa ficará contaminada e só irá trazer problemas à família.
Pedra-sabão (Ensopados e caldos)
Antes de estreá-la no fogão, unte-a com óleo por dentro e por fora, encha-a de água e leve-a ao forno médio por duas horas. Com isso, ela estará apta a fornecer pitadas de substâncias benéficas à sua refeição, caso do cálcio, do ferro e do magnésio, além de barrar a migração dos minerais tóxicos, como o níquel.
A panela de pedra-sabão não é muito recomendada para frituras, em compensação é excelente para o preparo de caldos, moquecas e ensopados. Além disso, dura bastante, suporta temperaturas elevadas e consegue reter calor por um longo tempo. Para lavá-la, basta lançar mão de água e sabão.
Ferro (Arroz, feijão e carnes grelhadas)
Ferro (Arroz, feijão e carnes grelhadas)
Esta panela é uma boa pedida para o preparo de lentilhas, arroz, feijão, sopas e carnes grelhadas porque mantém o calor constante e a temperatura alta. Ela também despacha partículas do mineral para os alimentos durante o preparo – só que, nesse caso, é uma espécie de doação benéfica à saúde, já que o ferro é bem-vindo ao prato. Sua migração para a comida auxilia na prevenção e no tratamento da anemia.
Mas nada de pecar pelo exagero. A ingestão excessiva de ferro causa problemas no sistema digestivo. Quanto maior o tempo de contato entre a panela e o alimento, maior a transferência do nutriente. Portanto, a comida não pode ficar ali no fogo por muito tempo. E, para deixar essa panela sempre limpa, lave-a logo após o uso com esponja macia e detergente. Depois disso, unte-a com um pouco de óleo e seque-a na chama do fogão. Isso evita o acúmulo de água e a formação de ferrugem, o que também oferece perigo ao nosso corpo.
Alumínio (Não é recomendada para doces)
Alumínio (Não é recomendada para doces)
Apesar de ser acusada de entornar resíduos prejudiciais ao organismo, a panela de alumínio tem uso liberado, mas com algumas restrições. Não utilize palha de aço na limpeza. Ela ajuda a retirar o revestimento da panela, o que faz com que o alumínio seja mesmo transferido para a comida. Mais uma vez, recorrer ao detergente e à esponja já está de bom tamanho. Se o alimento estiver muito grudado no fundo, coloque água com detergente, leve ao fogo para aquecer e depois enxágue. E, caso haja um abaulamento no fundo da panela, não se preocupe.
Alterações no formato são comuns. Esse utensílio só não deve ser aquecido sem água. Caso contrário, o alumínio funde. Por fim, o aconselhável é evitar esse tipo de panela na hora de cozinhar alimentos em meio muito ácido – um molho de tomates, por exemplo – ou, ao contrário, básico demais do ponto de vista químico, como a maioria dos doces. Isso contribui para que o metal entre na receita. Todo bom cozinheiro sabe que essa panela não é recomendada para preparar doces, principalmente geleias e compotas.
Esmaltada (Carnes)
Revestida de camadas de esmalte colorido, é a preferida dos que procuram, além de um utensílio, uma peça de decoração da cozinha. Assim como a panela de inox, distribui bem o calor durante o preparo do alimento, sendo ótima para carnes. Mas não deve ser usada para frituras por imersão, uma vez que o óleo pode aquecer além da conta e se deteriorar, formando compostos nocivos à saúde. Aposte na esponja macia para não arranhar a pintura e utilize utensílios que não agridam o material.
Fonte: Estado de Minas
Oi Reh!
ResponderExcluirEu tenho a de vidro e queima mesmo...:/
E a de inox tb não perde... se bobear... ela tosta tudo rapidinho...
Acho que panela véia é que faz comida boa, viu?! =D
Um bejim procê!!
Menina eu tô num dilema, preciso trocar as panelas, mas não sei o que eu faço.
ResponderExcluirAntiaderente acaba saindo, mesmo que a gente tome cuidado né.
Acho que vou para as de inox, mas tenho medo de que elas fiquem manchadas. Ai Jesus, o que fazer? risos...
Bjs
absurdamente útil essa postagem. tem gente que escolhe e compra panelas só pela beleza. boa semana
ResponderExcluirEu estou em duvidas ,quero comprar um jogo e não sei qual comprar,alguem tem alguma sugestção.
ResponderExcluirTenho de inox da Tramontina,são ótimas,não queimam a comida, é só ficar atenta pois cozinham mais rápido que as outras.
ResponderExcluirGostei da matéria, muito útil sabermos as vantagens e desvantagens no uso de vários tipos de panelas, principalmente no que concerne à saúde. Acho que agora nos resta adequar o uso ao tipo de alimento que vamos cozinhar, para usufruírmos das suas qualidades. E também, ficarmos atentas aos cuidados quanto à limpeza para não prejudicar nossa saúde.
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